Os historiadores acentuam o oportunismo e a habilidade política de Mussolini pela escolha de Gentile como Ministro: “A decisão de Mussolini de oferecer o Ministero della Pubblica Istruzione ao filósofo siciliano revelou-se particularmente hábil. Graças à inclusão, no novo Governo, do independente Gentile, que constituía, talvez, um dos pontos de referência mais prestigiosos da cultura italiana e que havia sido a única pessoa capaz de figurar no mesmo nível de Croce no último governo Giolitti, o fascismo garantia o apoio dos idealistas e do partido da escola, que o próprio Gentile havia, anteriormente, tomado de Salvemini” (RICUPERATI, 1977, p. 87). Mas o mesmo Recuperati sublinha, também, o oportunismo dos idealistas: “Era uma relação equívoca e, de certa forma, condenada ao fracasso, mas que encontrava sua justificativa exatamente nessa persistente imagem da neutralidade da escola, que acreditava ser possível fazer uma boa reforma.